O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registrou um leve avanço de 0,04% em março, desacelerando em relação ao mês anterior, quando havia subido 0,87%. A expectativa do mercado era por leitura bem maior, de alta de 0,56%. Com esse desempenho, o índice acumula alta de 1,44% no ano e 8,59% nos últimos 12 meses. Em março de 2024, o IGP-10 havia recuado 0,17% no mês e acumulava queda de 4,05% em 12 meses. A divulgação foi feita nesta terça, pelo FGV/Ibre.
Segundo Matheus Dias, economista da FGV, “nos preços ao produtor, a intensificação da incerteza global devido à Guerra Comercial dos EUA resultou na queda dos preços do minério de ferro, contribuindo para a retração do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA).
No Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), quase todos os grupos desaceleraram, exceto Materiais e Equipamentos, que registrou alta de 0,52%, impulsionada pelo aumento nos preços de Materiais para Instalação. Já no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o grupo Habitação teve grande influência na elevação do índice, especialmente devido às variações na tarifa de eletricidade residencial e no aluguel residencial.”
O IGP-10 é formado pelo IPA, o IPC e o INCC, na proporção de 60%, 30% e 10%, respectivamente.
IGP-10: IPA recua 0,26%
O IPA apresentou queda de 0,26% em março, contrastando com a alta de 1,02% observada em fevereiro. No detalhamento dos estágios de processamento, o grupo de Bens Finais acelerou para 1,12%, após alta de 0,10% no mês anterior. O índice de Bens Finais (ex), que exclui alimentos in natura e combustíveis para consumo, passou de 0,17% em fevereiro para 0,34% em março.
Por outro lado, o grupo Bens Intermediários desacelerou para 0,14%, após registrar 1,17% no mês anterior. O índice de Bens Intermediários (ex), que exclui combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu para 0,30%, mas em menor intensidade comparado ao avanço de 0,99% em fevereiro. Já as Matérias-Primas Brutas recuaram 1,36% em março, após terem registrado alta de 1,49% no mês anterior.
IPC acelera para 1,03%
O IPC avançou 1,03% em março, acelerando frente à alta de 0,44% registrada em fevereiro. Das oito classes de despesa que compõem o índice, cinco apresentaram aumento em suas taxas de variação: Habitação (-0,44% para 2,77%), Alimentação (0,87% para 1,31%), Vestuário (-0,46% para 0,24%), Comunicação (0,08% para 0,40%) e Despesas Diversas (0,53% para 0,84%).
Em contrapartida, Educação, Leitura e Recreação (0,29% para -1,98%), Transportes (1,14% para 1,03%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,61% para 0,51%) registraram desaceleração.
INCC recua para 0,43%
O INCC subiu 0,43% em março, abaixo da alta de 0,55% observada em fevereiro. Entre seus componentes, Materiais e Equipamentos aceleraram de 0,33% para 0,52%, enquanto Serviços desaceleraram de 0,90% para 0,18%. Já o grupo Mão de Obra registrou recuo, passando de 0,79% para 0,36%.
O desempenho dos índices reflete os efeitos das oscilações nos preços de commodities, tarifas e insumos, compondo um cenário de desaceleração moderada na economia.
Fonte: euqueroinvestir
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